Reitor do IFSP e representantes de instituições ligadas à Educação e à Ciência se reúnem com presidente da Câmara

Nesta quarta-feira (28) o reitor do IFSP, Eduardo Modena, participou como representante do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) de uma audiência pública conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Educação na Câmara dos Deputados. A pauta era a possiblidade de corte nas 84 mil bolsas de pesquisas financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) já a partir do próximo mês. Representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e de outras entidades que fazem parte da Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento -ICTP também estiveram presentes.

Após a audiência pública esses representantes entregaram ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um abaixo-assinado com quase um milhão de assinaturas em defesa do CNPq. No total, as bolsas do CNPq custam R$ 82,5 milhões de reais por mês. Para cobrir os últimos quatro meses do ano, serão necessários R$ 330 milhões. A possibilidade mais viável, proposta pelas entidades, seria um Projeto de lei do Congresso Nacional (PLN) específico com esse valor. A proposta recebeu boa acolhida do deputado. Maia se comprometeu em encontrar, até o próximo sábado, solução para as bolsas de setembro, que serão pagas início de outubro. De acordo com o reitor do IFSP, Eduardo Modena, o deputado afirmou que tentará liberar este valor do fundo da Lava Jato, em reunião com o ministro STF Alexandre Morais. Ou buscará outra forma junto ao governo. Em relação aos recursos para outubro, novembro e dezembro a solução pode vir do projeto de cessão onerosa (pré-sal).

Modena afirmou que garantir os recursos para o pagamento das bolsas do CNPq é algo de fundamental importância para os Institutos Federais, pois sem as bolsas de pesquisa, notadamente as de iniciação científica, os alunos têm um enorme prejuízo na sua formação. “Não é só a formação acadêmica que é prejudicada, mas a formação do cidadão, pois é na iniciação científica que esses estudantes iniciam a sua vida profissional, que aprendem a resolver problemas e isso influencia diretamente nas suas carreiras, na sua vida e no futuro do país que é o que eles representam”, contou o reitor. (Fonte: site instittucional IFSP)